terça-feira, 16 de abril de 2019

Parque da Consciência Negra Cidade Tiradentes em vídeos

Cantil é o nome do time, seu campo. Me lembra as nascentes, brotos de ouro em forma de água, que caminham, se juntam e faz a vida florescer, sangue na veia, da mais rara, da melhor espécia, desejada em todas as galáxias e o milagre se faz aqui. E um dia surgiu o Homem. em abundância, como corriam os rios . Campo, Cantil para matar a sede, do suor que o corpo verteu para deixar tudo limpo, visivelmente belo, como deve ser o Parque da Consciência Negra, com seu anexo esportivo e natural, como deve ser. Vemos no vídeo como o esporte é bom num lugar com a natureza como platéia, tudo muito saudável para todos. Mas o objetivo aqui é mostrar como é um parque em uma periferia, ou como poderia ser sem a depredação que certos elementos causam num local que tantos admiram. O Parque monitorado por câmeras custa caro? Nos tempos que estamos?.O campo do Cantil deve ser preservado pois é área de proteção ambiental, e deve ser o mais natural possível. O Time deve assumir uma parte da preservação, como limpeza da área, arborização e manutenção. Ai apareceu a Laura com uma causa irrecusável para mim que tenho o parque como um filhote; a limpeza do córrego, onde nasce o Rio Itaquera. Tem muita história ainda pra contar, antes e depois das obras. Alguém patrocina uma cota? Só identifiquei pessoas que deram depoimento sem se identificar. Os outros que aparecem são colaboradores explícitos das causas e estão ai homenageados, perpetuados. Cenas inéditas das obras estão aqui como um registro de um tempo, de transformação, e tem o Cutrim, https://www.facebook.com/profile.php?..., tem muita história. Liguem seu equipamento de som ou no celular coloque o fone de ouvido e bom documentário. Ah, e não se esqueçam de se inscrever no canal para ver mais vídeos e dar um like, no mínimo. Comentem. Agradecido. Conheça a história do Parque da Consciência Negra em outros videos acesse e não se esqueçam do "gostei". (exigências do youtube) para manter o canal.



3º Aniversário do Parque da Consciência Negra comemorado no dia 20 de novembro Dia da Consciência Negra em Cidade Tiradentes - São Paulo, Brasil. A comunidade se reúne e faz atividades neste dia especial. A qui um slide com as imagens do DVD com as apresentações. Confira.




Ronaldo Costa aproveitou para tocar seu violão no parque.
Dia do Meio Ambiente no Parque da Consciência Negra
Estivemos hoje no Parque da Consciência Negra na Cidade Tiradentes com o intuito de reunir alguns visitantes para fazer uma conscientização ambiental neste dia Internacional do Meio Ambiente.
Nos deparamos com o novo gestor do parque Cauê inaugurando os equipamentos de ginástica que foram instalados  para os frequentadores acima de 16 anos  colocarem seus corpos em dia.Valter Lima e Roger Nascimento prestigiaram este encontro.
Veja tudo em:
http://multicolorinteratividade.blogspot.com/2011/06/dia-do-meio-ambiente-no-parque-da.html



Agrônomos da SVMA,  e Milton Roberto da SOASE em visita ao Parque Ecológico e Cultural da Consciência Negra na Cidade Tiradentes, local do viveiro NAPAZ. O parque é uma conquista de Arthur Xavier e Comunidade.
Vídeo criado por Milton Roberto ( 1000ton´s Audiovisuais para MultiColor Interatividade




Parque da Consciência Negra na Cidade Tiradentes, as ONGs ambientais que sempre atuaram no Parque antes denominado Parque Zumbi dos Palmares, continuam com seus projetos de Arte, Educação e Meio Ambiente, fazem passeios e cortejos ecológicos, ensinam Arte em Sucata e promovem plantio de árvores. Tudo para tornar o parque um local agradável para o lazer e contemplação da população local. Com legendas em francês em homenagem ao Ano da França no Brasil




Terça 6 de Outubro 2009 dia de chuva forte na Cidade Tiradentes. Nosso repórter Luiz Roberto estava no Parque da Consciência Negra e mostra o tanto de gelo que destelhou casas e causou um desastre nunca visto por essas bandas. Acompanhe a narrativa do repórter sobre a chuva de granizo. Homenagem ao Clery Cunha que está fazendo Tiradentes City.



Parque da Consciência Negra foi o local onde o Instituto Polis se reuniu com os administradores das ruas de lezer da Cidade Tiradentes e junto com os artistas do Mapa das Artes propõe a revitalização das ruas de lazer.. A prosta é ouvir a sua sugestão. PARTICIPE. Foi muito bom o ultimo encontro da Rede de Artistas da Cidade Tiradentes neste ultimo sábado! Contamos com a presença de alguns coordenadores de Ruas de Lazer





Mariza Pinto é coordenadora cultural da Secretaria de Estado da Cultura e trabalhou com o Projeto Pedrinho e o Villas, aqui ela visita a exposição que a AEMA realizou com os alunos da EMEF Aureliano Leite, no Programa Ofício Social, realizado pela ONG NAPAZ no Parque da Consciência Negra em Cidade Tiradentes



O Parque da Consciência Negra está em vias de abrigar um viveiro escola de mudas para o reflorestamento de seu entorno. Este será o projeto piloto. Para tanto a NAPAZ , ong que atua na área foi buscar conhecimento na fonte, o Viveiro Manequinho Lopes no Ibirapuera. Aproveitamos os cliques que foram dados quando a diretora do DEPAVE nos mostrava o viveiro para fazermos este vídeo. Assista as duas partes e se encante com a natureza bela e preservada presente neste viveiro. a ONG NAPAZ se encontra na Cidade Tiradentes e tem como parceiros as ONGs SOASE e AEMA - Arte Educação e Meio Ambiente. - www.ongaema.blogspot.com, veja também www.ongnapaz.blogspot.com - assista a parte 2



Arte, Educação & Meio Ambiente, estórias, cantigas, maracatú, doces e alegria. Este foi o dia das crianças que a AEMA proporcionou no parque à convite da ONG NAPAZ. Cutrim entrou no clima juntamente com a Cris, a Verônica, o Felipe, Océlio e o Adriano. Milton Roberto ficou por trás da câmera E REGISTROU TUDO Nesse vìdeo o pós festa COM OS DEPOIMENTOS e reclamações.




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Os melhores humanos da terra.

Vamos valorizar os verdadeiros donos da terra.
Os índios são os melhores humanos.
É UMA VERGONHA O TRATAMENTO QUE DAMOS AOS ÍNDIOS.
Vamos cobrar o resgate e a valorização.
É inaceitável continuar como está!
Abrace essa causa.
Vamos discutir em.
http://cadescculturadigital.ning.com/profile/MiltonRoberto

GADES Gestão Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável

É um comunicado do início do funcionamento da Secretaria Geral da ANAGEA, com vistas ao fortalecimento da instituição e maior suporte aos associados.

Estamos em busca da regulamentação da profissão Gestor Ambiental, e toda ajuda possível na divulgação do nosso trabalho é importantíssima. Entre diversas ações, conseguimos protocolizar o PL 2664/2011, que trata da questão.

Aproveito o ensejo para convidar-lhe a visitar o site: www.anagea.org.br e conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido até aqui.

Convido especialmente a ler os artigos que publico como colunista do site.

Desde já agradeço a atenção e reitero os votos de um feliz 2012!

Abraço cordial,

Raquel Moraes
ANAGEA - Associação Nacional dos Gestores Ambientais
Diretora Administrativa e Relações Institucionais
11-4105-4626

terça-feira, 14 de junho de 2011

São Paulo precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de corredores verdes urbanos

Fonte: Repórter Diário

São Paulo precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de corredores verdes urbanos - ruas e avenidas com árvores de grande porte plantadas em sequência, em calçadas ou canteiros centrais das vias. É o que aponta pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP)

A malha proposta no estudo iria do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, zona oeste, até o Tatuapé, na zona leste. Pelo estudo, os bairros paulistanos com mais urgência no plantio de árvores são Água Rasa, Mooca e Bela Vista.

A gestora ambiental Juliana Amorim da Costa, de 25 anos, autora do projeto apresentado no fim do ano passado como dissertação de mestrado em Ciências na Pós-graduação em Recursos Florestais, ainda sugere o plantio de espécies típicas, como a sibipiruna (de até 25 metros de altura) e a tipuana (de até 15 metros).

Caso as árvores fossem plantadas hoje, os efeitos benéficos da presença delas - capacidade de reter água da chuva e amenizar fenômenos climáticos como as ilhas de calor - ainda demorariam de quatro a cinco anos para serem percebidos pela população. Esse é o tempo médio de crescimento para as espécies chegarem à fase adulta, segundo informações da Divisão de Arborização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (Depave).

O relatório final da pesquisa da USP conclui que a quantidade de árvores influencia nas condições climáticas dos bairros, como o conforto térmico proporcionado pelas copas e a umidade do ar. "Há funções estéticas, recreativas e ecológicas, como o aumento da permeabilidade do solo, que reduz os pontos de alagamento", diz a autora Juliana Amorim.

O professor Paulo Pellegrino, do Lab-Verde da USP, relata que as copas de árvores altas se juntam acima da fiação elétrica e formam um dossel, capaz de reter água e retardar o impacto da chuva no chão, além de amenizar as temperaturas sob a sombra. "Trata-se de uma cobertura vegetal importantíssima e muito viável, porque o espaço aéreo está ocioso. Qualquer coisa que ajude a cidade a suportar as chuvas é muito útil." A paisagista Cecília Herzog, do Inverde, ressalta que a árvore só atinge o potencial máximo de drenagem pelo

PALESTRA COMPOSTAGEM DOMÉSTICA E MINHOCÁRIO

Inscrições abertas

Escola Municipal de Jardinagem – Parque Ibirapuera

ATENÇĂO: só serăo aceitas inscriçơes através do e-mail oficinasjardim@prefeitura.sp.gov.br
Objetivo: Mostrar como produzir composto orgânico e húmus de minhoca com resíduos gerados diariamente em casa, contribuindo assim para a saúde de suas plantas e diminuindo a quantidade de lixo encaminhado para os aterros da cidade. Apresentar, também, noçơes básicas sobre a montagem e o manejo de minhocários.

Facilitador: Adăo Luiz Castanheiro Martins (Eng. Agrônomo/UMAPAZ-1).

Público focalizado: Todos os interessados.

Dia e horário: 20/06, segunda-feira, das 9h às 12h.

Vagas: 40 (por ordem de inscriçăo).

Local: Sala 01 da Escola Municipal de Jardinagem

Endereço: Parque Ibirapuera – Av Pedro Álvares Cabral, s/n. Acesso pelos portơes 3 e 4.

Inscriçơes: só serăo aceitas inscriçơes através do e-mail oficinasjardim@prefeitura.sp.gov.br

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Programa Nossa Guarapiranga prevê investimentos de R$ 14,6 milhões para retirar lixo da represa

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A represa que abastece 3,5 milhões de pessoas da região sudoeste da capital e de Taboão da Serra terá um projeto de despoluição. O anúncio foi feito hoje (7) pelo governo de São Paulo e pela prefeitura da capital. O . As principais ações serão a retirada do lixo que chega pelos córregos e plantio de mudas nas margens.

Para isso, serão instaladas barreiras nos 11 córregos que deságuam na represa. O equipamento é composto por boias e uma tela submersa, para conter os resíduos, que serão removidos diariamente. O lixo recolhido será levado para um aterro sanitário.

Está prevista também a remoção de plantas aquáticas que crescem na superfície da água. Na Represa de Guarapiranga existem 82 tipos diferentes de planta aquáticas catalogadas. Um barco será desenvolvido e construído pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) para retirar estes vegetais da represa.

Para o professor do departamento de ecologia da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Pompêo, as medidas são interessantes, mas não atacam os pontos principais do problema. “Fazer contenção para retirar resíduos sólidos que chegam na represa, é um paliativo para resolver o problema”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Pompeô, o Estado deveria dar mais atenção a políticas públicas, como uma coleta de lixo mais eficiente e controlar as ocupações no entorno da represa. “Se você tem uma política clara de monitoramento, de urbanismo, uso e ocupação do solo, você consegue gerenciar resíduos, desde os sólidos a líquidos”, ressaltou.

O professor lembrou ainda que mais grave do que o lixo sólido,é o problema do esgoto que contamina as águas da represa. Essa matéria orgânica que possibilita o crescimento de plantas aquáticas. “O controle das macrófitas aquáticas também passa pela coleta e tratamento dos esgotos”.

O presidente do Movimento Garça Vermelha, formado por moradores do entorno da Guarapiranga, Eduardo Melander Filho, também acredita que as medidas não pequenas em relação aos desafios. “Ainda é uma iniciativa muito tímida. Eles inventam medidas paliativas como se o problema fosse a educação da população, que joga o lixo dentro dos córregos”.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje durante o lançamento do programa, que a Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) “está fazendo um grande trabalho de coletar e tratar o esgoto para despoluir a Represa de Guarapiranga”.




Edição: Rivadavia Severo

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-07/represa-poluida-de-sao-paulo-recebera-investimento-de-r-146-milhoes

terça-feira, 10 de maio de 2011

A ‘Reforma’ do Código Florestal: Política de Terra Arrasada?

artigo de Alcione Cavalcante

Maio 9, 2011
Nos próximos dias a Câmara do Deputado deverá votar as propostas substitutivas ao Projeto de Lei 1876/1999, elaborado pelo deputado Aldo Rebelo, motivo de grande embate entre o movimento ambientalista e os representantes vinculados ao agronegócio e em menor escala por outros segmentos da sociedade brasileira. O substitutivo pretende consolidar e contemplar um rol de demandas assentadas em pelo menos 42 iniciativas parlamentares em tramitação no Congresso Nacional, que propõem alterações isoladas ou simultaneamente, nas Leis 4.771/65 (Código Florestal), 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais, no que diz respeito aos crimes contra a flora), 11284/06 (Lei de Gestão de Florestas Públicas) e 11.428/06 (Lei da Mata Atlântica), principalmente.
Mudanças e debates apaixonados sobre o Código Florestal, não podem ser consideradas novidades. Com efeito, registro que o Código Florestal, aprovado pelo Decreto 23.793 de 1934, pleno Estado Novo, já suscitava polêmicas entre os extremados defensores do irrestrito direito de propriedade e os que, já naquele momento, vislumbravam funções sociais e ambientais nas propriedades. Referido Decreto informava que as florestas constituem bem de “interesse comum (sic) a todos os habitantes, do paiz (sic), exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que as leis em geral, e especialmente este código, estabelecem”.
De 1934 aos dias de hoje a legislação florestal vem sendo alterada sistematicamente, na maioria das vezes em prol da proteção às florestas e suas funções e dos serviços ambientais que prestam a todos, indiscriminadamente, inclusive às atividades agrícolas. Dentre as mais importantes citamos o novo Código Florestal Brasileiro (Lei 4771/65) que deu consistência a politica florestal através de duas vertentes, no caso proteção e desenvolvimento florestal e a Medida Provisória 1511/96 (atual 2166-67/01) reeditada 67 vezes, que promoveu significativas intervenções no quadro legal, em especial em relação a áreas de preservação permanente e reserva legal, institutos estes especialmente caros ao movimento ambientalista. Do outro lado, no caso os ruralistas, o que foi definido como “regra de ouro” consiste basicamente em (1) viabilizar a redução das áreas de preservação permanente, (2) consolidar a utilização das áreas de reserva legal já convertidas e (3) a suspensão e se possível o perdão das multas associadas ao uso ambientalmente indevido da propriedade. Como se pode constatar, posicionamentos diametralmente opostos. O substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo, ao abraçar de forma explicita a maior parte das teses defendidas pelo agronegócio, evidentemente coloca-o sob o fogo cruzado dos mais diversos segmentos de amparo ao meio ambiental, desde os defensores dos pampas gaúchos aos dos lavrados de Roraima e da Mata Atlântica ao Pantanal. É muito chumbo, e do bom, especialmente pelo fato da estratégia do agronegócio optar por uma atuação de bastidor no Congresso Nacional, apoiada por eficientes lobbies da indústria que orbita em torno do setor rural, evitando o confronto de ideias junto à opinião pública, colocando o Deputado, pelo menos publicamente, como “o idealizador e defensor” das propostas.
Dos pontos controvertidos destaco as questões associadas a Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal. Tais institutos vicejam na legislação ambiental, pelo menos desde 1934. Registro que o Decreto n º 23.793, em seu art. 4 já estabelecia a existência de “florestas protectoras (sic) as que, por sua localização, servirem conjuncta (sic) ou separadamente para qualquer dos fins seguintes”, mencionando “conservar o regimen(sic) das águas”, “assegurar condições de salubridade pública”, entre outros. Ainda sobre as APP o art. 8 é ainda mais explicito como se constata “Consideram-se de conservação perenne(sic), e são inalienáveis(sic), salvo se o adquirente se obrigar, por si, seus herdeiros e successores(sic), a mantel-as(sic) sob o regimen(sic) legal respectivo, as florestas protectoras(sic) e as remanescentes.”
Com relação a Reserva Legal, o Código de 34 já destinava 25% das propriedades para tal finalidade, conforme transcrevo “Art. 23. Nenhum proprietário(sic)de terras cobertas de mattas(sic) poderá abater mais de tres(sic) quartas partes da vegetação existente, salvo o disposto nos arts. 24, 31 e 52.”.
Com o Novo Código Florestal (Lei 4771/65 e alterações posteriores) tanto as APP’s, quanto a Reserva Legal foram mantidas, atualizadas e redimensionadas em função das demandas e compromissos ambientais assumidos pelo País, e tiveram suas definições aprimoradas, reduzindo substancialmente as margens para interpretações díspares sobre suas funções e dimensões.
Segundo o Novo Código, área de preservação permanente é “área protegida nos termos dos arts. 2o e 3o desta Lei coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. Abrigadas neste mandamento estão as faixas de vegetação localizadas ao longo dos rios, ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios artificiais, nascentes, topo de morros, encostas com declividade superior a 45°, restingas, bordas de tabuleiros ou chapadas e em altitudes superiores a 1800 metros. Além destas a lei faculta ao Poder Publico atribuir o caráter de preservação permanente a áreas destinadas a atenuar erosão, à fixação de dunas, à formação de faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias, à proteção de sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico e assegurar condições de bem-estar público, entre outros.
Com relação a reserva legal esta é assim definida “área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”. A proporção da área de reserva legal em relação à propriedade varia em função da tipologia vegetal e da região onde se insere a propriedade. Na Amazônia Legal, no caso de florestas o limite mínimo é de 80% enquanto que para os cerrados amazônicos este limite cai para 35%. Para as demais regiões a proporção se esvai para 20%, mesmo se tratando de vegetação tipicamente florestal, como é o caso da Mata Atlântica.
Destaco que , ao contrário das áreas de preservação permanente, a área de reserva legal é passível de utilização, desde que sob regime de manejo florestal sustentável, o que amplia significativa suas potencialidades, quanto exploração madeireira, manejo de produtos florestais não madeireiros, apicultura, ecoturismo, pesca esportiva, etc.
Aliada a questão legal, convêm destacar que existe consenso no meio técnico e científico da importância das APP’s como “áreas insubstituíveis em razão da biodiversidade e de seu alto grau de especialização e endemismo, além dos serviços ecossistêmicos essenciais que desempenham, tais como a regularização hidrológica, a estabilização de encostas, a manutenção da população de polinizadores e de ictiofauna, o controle natural de pragas, das doenças e das espécies exóticas invasoras” (ABC e SBPC, 2011). De igual modo com relação a Reserva Legal tem-se como certo que a redução da reserva legal “aumentaria significativamente o risco de extinção de espécies e comprometeria a efetividade dessas áreas como ecossistemas funcionais e seus serviços ecossistêmicos e ambientais” (ABC e SBPC, 2011).
Ainda que se admita como necessária a discussão e eventual reformulação de alguns tópicos do Código em vigor, esta deveria se dar no sentido de garantir a sustentabilidade , conter as perdas da biodiversidade, reduzir a degradação dos solos e dos recursos hídricos, valorizar os produtos e serviços ambientais e não sinalizar com possíveis estímulos ao desmatamento e à transgressão da norma, como parece ser o caso.
PS- Acabo de receber a notícia de que simples expectativa de reforma do Código já insufla as taxas de desmatamento na Amazônia.
Por Alcione Cavalcante, Engenheiro Florestal.

Parque da Consciência Negra - Outubro 2009