terça-feira, 14 de junho de 2011

São Paulo precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de corredores verdes urbanos

Fonte: Repórter Diário

São Paulo precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de corredores verdes urbanos - ruas e avenidas com árvores de grande porte plantadas em sequência, em calçadas ou canteiros centrais das vias. É o que aponta pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP)

A malha proposta no estudo iria do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, zona oeste, até o Tatuapé, na zona leste. Pelo estudo, os bairros paulistanos com mais urgência no plantio de árvores são Água Rasa, Mooca e Bela Vista.

A gestora ambiental Juliana Amorim da Costa, de 25 anos, autora do projeto apresentado no fim do ano passado como dissertação de mestrado em Ciências na Pós-graduação em Recursos Florestais, ainda sugere o plantio de espécies típicas, como a sibipiruna (de até 25 metros de altura) e a tipuana (de até 15 metros).

Caso as árvores fossem plantadas hoje, os efeitos benéficos da presença delas - capacidade de reter água da chuva e amenizar fenômenos climáticos como as ilhas de calor - ainda demorariam de quatro a cinco anos para serem percebidos pela população. Esse é o tempo médio de crescimento para as espécies chegarem à fase adulta, segundo informações da Divisão de Arborização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (Depave).

O relatório final da pesquisa da USP conclui que a quantidade de árvores influencia nas condições climáticas dos bairros, como o conforto térmico proporcionado pelas copas e a umidade do ar. "Há funções estéticas, recreativas e ecológicas, como o aumento da permeabilidade do solo, que reduz os pontos de alagamento", diz a autora Juliana Amorim.

O professor Paulo Pellegrino, do Lab-Verde da USP, relata que as copas de árvores altas se juntam acima da fiação elétrica e formam um dossel, capaz de reter água e retardar o impacto da chuva no chão, além de amenizar as temperaturas sob a sombra. "Trata-se de uma cobertura vegetal importantíssima e muito viável, porque o espaço aéreo está ocioso. Qualquer coisa que ajude a cidade a suportar as chuvas é muito útil." A paisagista Cecília Herzog, do Inverde, ressalta que a árvore só atinge o potencial máximo de drenagem pelo

PALESTRA COMPOSTAGEM DOMÉSTICA E MINHOCÁRIO

Inscrições abertas

Escola Municipal de Jardinagem – Parque Ibirapuera

ATENÇĂO: só serăo aceitas inscriçơes através do e-mail oficinasjardim@prefeitura.sp.gov.br
Objetivo: Mostrar como produzir composto orgânico e húmus de minhoca com resíduos gerados diariamente em casa, contribuindo assim para a saúde de suas plantas e diminuindo a quantidade de lixo encaminhado para os aterros da cidade. Apresentar, também, noçơes básicas sobre a montagem e o manejo de minhocários.

Facilitador: Adăo Luiz Castanheiro Martins (Eng. Agrônomo/UMAPAZ-1).

Público focalizado: Todos os interessados.

Dia e horário: 20/06, segunda-feira, das 9h às 12h.

Vagas: 40 (por ordem de inscriçăo).

Local: Sala 01 da Escola Municipal de Jardinagem

Endereço: Parque Ibirapuera – Av Pedro Álvares Cabral, s/n. Acesso pelos portơes 3 e 4.

Inscriçơes: só serăo aceitas inscriçơes através do e-mail oficinasjardim@prefeitura.sp.gov.br

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Programa Nossa Guarapiranga prevê investimentos de R$ 14,6 milhões para retirar lixo da represa

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A represa que abastece 3,5 milhões de pessoas da região sudoeste da capital e de Taboão da Serra terá um projeto de despoluição. O anúncio foi feito hoje (7) pelo governo de São Paulo e pela prefeitura da capital. O . As principais ações serão a retirada do lixo que chega pelos córregos e plantio de mudas nas margens.

Para isso, serão instaladas barreiras nos 11 córregos que deságuam na represa. O equipamento é composto por boias e uma tela submersa, para conter os resíduos, que serão removidos diariamente. O lixo recolhido será levado para um aterro sanitário.

Está prevista também a remoção de plantas aquáticas que crescem na superfície da água. Na Represa de Guarapiranga existem 82 tipos diferentes de planta aquáticas catalogadas. Um barco será desenvolvido e construído pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) para retirar estes vegetais da represa.

Para o professor do departamento de ecologia da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Pompêo, as medidas são interessantes, mas não atacam os pontos principais do problema. “Fazer contenção para retirar resíduos sólidos que chegam na represa, é um paliativo para resolver o problema”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Pompeô, o Estado deveria dar mais atenção a políticas públicas, como uma coleta de lixo mais eficiente e controlar as ocupações no entorno da represa. “Se você tem uma política clara de monitoramento, de urbanismo, uso e ocupação do solo, você consegue gerenciar resíduos, desde os sólidos a líquidos”, ressaltou.

O professor lembrou ainda que mais grave do que o lixo sólido,é o problema do esgoto que contamina as águas da represa. Essa matéria orgânica que possibilita o crescimento de plantas aquáticas. “O controle das macrófitas aquáticas também passa pela coleta e tratamento dos esgotos”.

O presidente do Movimento Garça Vermelha, formado por moradores do entorno da Guarapiranga, Eduardo Melander Filho, também acredita que as medidas não pequenas em relação aos desafios. “Ainda é uma iniciativa muito tímida. Eles inventam medidas paliativas como se o problema fosse a educação da população, que joga o lixo dentro dos córregos”.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje durante o lançamento do programa, que a Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) “está fazendo um grande trabalho de coletar e tratar o esgoto para despoluir a Represa de Guarapiranga”.




Edição: Rivadavia Severo

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-07/represa-poluida-de-sao-paulo-recebera-investimento-de-r-146-milhoes

Parque da Consciência Negra - Outubro 2009